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terça-feira, 25 de novembro de 2014

O JUSTO E SUA RECOMPENSA

Dois amigos vieram interrogar um homem sábio, justo e temente a Deus, sendo um deles um cristão, e o outro ateu.

E depois das calorosas recepções, das refeições, bebidas e conversas rotineiras, os dois interrogaram o Tsadik (justo). E o ateu perguntou:

- E se no final de tudo você não puder ser recompensado por uma vida inteira servindo a Deus? E se não houver paraíso para você?

E o Tsadik sem pensar muito respondeu sorrindo:

- Mas eu já fui recompensado, e vale a pena todos os dias servir a Elohim (Deus). Se a recompensa e o paraíso são os parâmetros para valer a pena servir ao meu Elohim (Deus), então deixe de ser ateu, porquê já obtive a minha recompensa e já vivo o paraíso cumprindo as Mitzvot (mandamentos) do meu Elohim (Deus). As próprias Mitzvot (mandamentos) são a presença de Elohim (Deus).

E então o cristão veio e lhe interrogou:

- E se você no final descobrir que sua religião é a errada, e Deus te mandar para o inferno?

Então mais uma vez o Tsadik sorriu e disse:

- Me mandar para o inferno? Eu cumpriria mais essa Mitzvah (mandamento) com todo o meu coração, com toda a minha alma e com todas as minhas forças.

E você, trabalha e vive em função dos prazeres desse mundo, que se esgotarão com sua saúde e juventude, para guardar lembranças para sua velhice e contar histórias para seus netos? Trabalha e vive para colher uma recompensa incerta além da sua vida? Ou não trabalha e vive, mas desfruta da vida eterna, do Paraíso, aqui e agora?