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terça-feira, 6 de agosto de 2013

O SÁBIO E A LARANJA!

Um sábio desafiava qualquer pessoa a discutir com ele sobre a fé cristã. Certo dia, enquanto falava a uma pequena plateia, um homem humilde se dispôs a argumentar com o sábio. Neste momento, o sábio lhe franqueou a palavra dizendo: “Responda os meus argumentos!”

O humilde homem apanhou uma laranja, descascou com calma, chupou a laranja e voltando-se para o sábio disse: “Estou pronto para falar”.

O sábio, com um sorriso irônico, foi dizendo: “Até que enfim! Vamos lá! Fale, fale… o que tem a dizer em resposta aos meus argumentos contra a fé cristã?”

Então, perguntou-lhe o homem: “A laranja que chupei estava doce ou azeda?”

O silêncio foi total, quebrado, em seguida, por uma imensa gargalhada. Todos riam!

Mas quem mais ria era o sábio que disse: “Foi o senhor que chupou a laranja…O senhor é que deve saber se ela estava doce ou azeda!”

“Um momento, vamos com calma… Se quem chupou a laranja fui eu, só eu sei se ela estava doce ou azeda, isso fala a meu favor e em favor da minha fé cristã. Antes, minha vida era de uma forma. Depois que conheci o Senhor Jesus Cristo fui transformado. Um verdadeiro milagre! De modo que, como o senhor vê, eu provei da laranja da Salvação e sei que ela é doce, muito doce. Na verdade, é o senhor que está fazendo papel de maluco, falando de um assunto que o senhor não conhece. Se o senhor nunca experimentou a fé cristã, como pode saber o gosto que ela tem?”

O sábio fora silenciado. Nesse caso, se cumpriu o versículo que diz:

“Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes.” 1 Coríntios 1.27

quarta-feira, 17 de julho de 2013

ENCONTRO COM DEUS.


Assim o humilde encontra Deus ainda em seus dias de ignorância:
 “Acordei em um quarto arrumado, e ao lado da minha cama estava servido um delicioso desjejum. Eu não fiz nada para merecer isso, e nem mesmo havia pedido. Foi então para mim, uma Graça que recebi. Não sabia quem preparou tudo isso, ou mesmo se alguém havia preparado. Não sabendo quem preparou, passei a tratar com a mesma graça e hospitalidade todo aquele que encontrava, pensando assim: pode ser qualquer um desses.”.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

E VOCÊ? NASCEU PARA MORRER?

E o escravo disse: para onde vai?
E o outro escravo respondeu: vou fugir, vou ser livre.
E o escravo disse: não pode fazer isso. Vai acabar sendo morto. Nosso lugar agora é aqui.
E começou um diálogo entre os dois escravos:
- Você nasceu com esses olhos?
- Sim nasci. Eles servem para enxergar, para ver as maravilhas do mundo. Mas só tenho visto sofrimento.
- Você nasceu com essa boca?
- Sim nasci. Ela serve para me alimentar, e para saborear os alimentos. Mas só tenho sentido gosto do fel.
- Você nasceu com essas orelhas?
Sim nasci. Elas servem para ouvir o canto dos pássaros, as risadas dos meus filhos, a aproximação do perigo. Mas só tenho ouvido choros.
- Você nasceu para morrer?
- Claro que sim, todos nós vamos morrer um dia, todos nós nascemos para morrer.
- Pois é meu amigo. Eu nasci para ser livre, e nasci para morrer. Mas não nasci com essas correntes.
 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

O HOMEM QUE NÃO SABE MORRER

O famoso físico britânico Stephen Hawking, de 70 anos, é cliente assíduo de um club de swing em Devore (Califórnia, EUA), segundo informações divulgadas pelo site RadarOnline.com.

O site americano cita como fonte um membro do clube Freedom Acres. De acordo com ele, Hawking vai ao clube erótico com enfermeiras e assistentes. Mulheres nuas se exibem para ele, chegando a tocá-lo.

"Eu vi o Steven Hawking no clube algumas vezes. Falei com ele e bebi com pessoas do seu grupo", afirmou a fonte.
Em recente entrevista à "New Scientist", o físico, que é conhecido pelo trabalho sobre buracos negros, disse que passa a maior parte do seu tempo pensando em mulheres.

Hawking sofre da doença degenerativa de Lou Gehrig e é visto sempre em uma cadeira de rodas. Ele foi casado duas vezes e se divorciou de ambas as esposas. É pai de três filhos, do primeiro casamento.

A ciência pode destruir toda a "crendice" de um homem, mas não pode livrá-lo do mal que há em si mesmo. E enquanto o corpo morre, a mente continua ávida dos prazeres que tinha quando ainda era jovem.


quarta-feira, 8 de maio de 2013

AS AVENTURAS DE PI!

Eu vi o filme "As aventuras de Pi", e pensei em Deus.

O personagem do filme conta a história de um naufrágio para os investigadores, um naufrágio cujos sobreviventes foram um tigre, uma hiena, uma zebra, uma macaca, e ele mesmo. No desenvolver do naufrágio, a hiena devorou a zebra e a macaca, e o tigre devorou a hiena. A história parece fantasiosa para os investigadores, e Pi substitui os personagens por personagens mais "aceitáveis à razão humana": seu lado selvagem (o tigre), um açougueiro (a hiena), um budista (a zebra), sua mãe (a macaca), e seu lado humano (ele mesmo), no qual ele, e seu lado selvagem (representado pelo tigre), se ajudam para sobreviver ao naugráfio. 

Concluindo, com outras palavras, ele diz aos investigadores: escolha a história que vocês quiserem, não vai mudar o que aconteceu: o navio afundou, minha família morreu, eu sofri muito, e sobrevivi. 

A mesma coisa acontece com Deus. As tradições humanas, a religiosidade, são formas "racionalmente aceitas" do homem entender Deus.

Mas Deus só se entende pela "Revelação", ou seja, aquilo que Deus "quiser" nos revelar. Sendo assim, tudo o mais é adorno de homens. Somente o personagem Pi sabia a verdade, mas o que ele quis "revelar", era o cerne de toda a história: o navio afundou, sua família morreu, ele sofreu muito, e sobreviveu, e os ouvintes com seus raciocínios de ouvintes, por mais inteligentes que fossem, só poderiam saber a "Verdade" pela boca de Pi. O resto, ele "não revelou", por não achar importante, ou porque seus ouvintes não suportariam ouvir a verdade (uma história cruel de canibalismo), ou porque seus ouvintes não "conseguiam entender" a verdade (uma zebra, uma macaca, um tigre e um homem). 

Então, que o ouvinte escolha a história que lhe for mais conveniente, ou até invente as suas histórias, nada vai mudar. Tudo que o ouvinte quiser saber, além da "Revelação de Pi", não veio de Pi, mas de suas imaginações, seus preconceitos, racionalismos, dificuldades em aceitar o que acha "irracional", coisas de homens, pois só quem sabe a verdade, é Pi, e nenhum raciocínio e inteligência humana vai descobrir "o que Pi não quiser revelar".

A religião nasceu assim, da tentativa do homem "subir até Deus", seja com Caim e suas oferendas em busca da aprovação de Deus, seja o filho pródigo que trabalhava esperando ser reconhecido e agraciado pelos seus esforços (esforços nem por um momento "espontâneos para alegrar o pai"), quando estes não entendem a Graça, na qual "Deus desce até nós". Mas o homem busca algo "além da revelação de Deus", e por isso vive construindo seus bezerros de ouro.

Então, escolha a sua história. Em qual delas você prefere acreditar?

O COMEÇO DA RELIGIÃO!

CAIM E ABEL: Abel vivia o Deus que descia sua Graça sobre os homens, Caim tentava subir até Deus por seus próprios méritos, em uma Torre de Babel invisível, que tinha como fundamento o desejo egoísta do seu coração.

O pai pede a seus dois filhos que estudem. Toda a provisão da casa será dada pelo pai. O primeiro filho além de estudar também trabalha. O segundo filho só estuda. O primeiro filho oferece ao pai sacrifício (além de estudar, trabalha para agradar o pai), o segundo obediência. O primeiro filho não se contenta em ser igual ao segundo, mas quer ser maior, e por isso se esforça para agradar ao pai mais que o outro, impondo a ele mesmo um fardo que o pai não dera: o trabalho. Ele quer ser reconhecido por seus próprios méritos, assim, se recusa a aceitar a graça do Pai, que não precisa do dinheiro dos filhos, mas oferece tudo por amor. Mas o primeiro filho não quer receber por amor, quer merecer o que tem, quer fazer por ele mesmo. Quer ser igual ao Pai. Então o primeiro filho começa a se fatigar na jornada dupla, e vai mal nos estudos (deixa de fazer o bem, que agrada o pai). E começa a se sentir frustrado, ao ver o Pai se agradando do irmão que somente estudava (obedecia, e se saciava da graça do Pai), pois para ele, era mais merecedor que o segundo irmão, pois se esforçava mais para agradar o Pai. Este vai julgar o segundo irmão que não trabalha, e vive da graça do Pai. Ele, tentando subir até o Pai, quando o Pai já havia descido até eles, está caminhando para o mal, deixando de estudar, de investir no seu futuro, se fatigando do excesso de trabalho que impôs a si mesmo, se tornando amargo, cansado, frustrado, invejoso, acusador. Vai se tornar um religioso.

O pai não pede que os filhos estudem por tirania, mas para o seu próprio bem. Deus não nos manda fazer o bem por tirania, mas para o nosso próprio bem, pois deixar de fazer o bem é o que cria o mal no mundo em que vivemos. 

Se empenhar em uma causa impossível gera frustração. O homem alimenta deuses que não podem comer, e empresta sua boca aos deuses, pois esses deuses são suas próprias paixões.

“E quando os idolatras (religiosos) virem seu ídolos (seus dogmas e doutrinas), dirão: Senhor nosso, eis os deuses que adorávamos em vosso lugar (eis a religião que praticávamos na inocência e ignorância, desejando agradá-lo). E os ídolos (dogmas e doutrinas) responderam: mentirosos! Vós só adoráveis vossas paixões!” Alcorão -16:86.


sexta-feira, 3 de maio de 2013

O PECADOR E O PUBLICANO!

“Sou a favor do Marco Feliciano. Sei que estou errado”, diz homossexual em entrevista à cantora Vanilda Bordieri.

A polêmica levantada a partir das declarações polêmicas do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) trouxeram o tema homossexualidade e a visão do cristianismo sobre a questão para uma discussão mais detalhada dentro das igrejas e na sociedade.

A cantora pentecostal Vanilda Bordieri tem um programa na web e tratou sobre a questão da homofobia com um convidado homossexual.

Segundo Bordieri, sua intenção era mostrar que existem homossexuais que não enxergam a postura das igrejas evangélicas como homófobas.

O convidado pela cantora, Robson Coragem, afirmou ser filho de pais cristãos e nascido no meio evangélico, mas que desde a infância carregava “trejeitos”. Questionado se é a favor do pastor Marco Feliciano, respondeu afirmativamente: “Sou a favor. Acho que ele está certo, porque eu sou a favor da Bíblia. O que eu estou fazendo é errado”, disse.

Sobre a questão do casamento gay, Coragem afirmou que “acha que [os homossexuais] até podem ir morar junto, mas não estar se expondo”.

Coragem disse ainda que quando se lembra dos ensinamentos aprendidos na infância, fica “muito confuso”, pois a homossexualidade é uma coisa com a qual ele afirmou lutar “diariamente”.

“Sofro, choro no meu quarto, trancado. É uma coisa que eu sempre falo para os meus amigos íntimos: eu não queria ser [gay]. O que eu passo, eu não desejo pra ninguém”, afirmou Robson Coragem à cantora Vanilda Bordieri.

Vanilda questionou se Coragem teria medo do arrebatamento, e o rapaz respondeu prontamente: “Tenho. Eu sei que se Jesus voltar hoje, eu vou ficar”, disse, antes de complementar dizendo que a forma que a igreja tem para ajudá-lo é com “oração, amor, carinho, pois a maioria dos gays não tem isso”.

Qual pecado é mais grave, deitar homem com homem, ou roubar os pobres que já são oprimidos por um governo tirano? Aquele que comete uma abominação (homossexualismo) ou aquele que tira o sustento do pai de família, cobrando impostos absurdos, tirando o pão da mesa onde comem criancinhas e mulheres, e até de viúvas de seu próprio povo cobra impostos indevidos? 

Por acaso, fomos eleitos Juízes de pecados, para dizer, esse pecado é grave, esse não é? 

"Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um fariseu (evangélico), e o outro publicano (homossexual). O fariseu, posto em pé , orava de si para si mesmo , desta forma: Ó Deus , graças te dou porque não sou como os demais homens (pois sou pecador, mas sou lavado no sangue do cordeiro), roubadores , injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano (homossexual); jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano , estando em pé , longe , não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu , mas batia no peito , dizendo : Ó Deus , sê propício a mim , pecador! Digo-vos  que este desceu justificado para sua casa , e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado".

Lucas 18:9-14 


quarta-feira, 10 de abril de 2013

A SERPENTE DO ÉDEN E A CIÊNCIA



"Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?" 

Gênesis 3:1

"O Cérebro Reptiliano ou cérebro basal, ou ainda, como o chamou MacLean, “R-complex”, é formado apenas pela medula espinhal e pelas porções basais do prosencéfalo. Esse primeiro nível de organização cerebral é capaz apenas de promover reflexos simples, o que ocorre em répteis, por isso o nome"; - Wikipédia

Está demonstrado que grande parte do comportamento humano se origina em zonas profundamente soterradas do cérebro. O cérebro guarda todas as estruturas das quais evoluiu. A mais antiga e primitiva delas é chamada de "Cérebro Reptiliano", que controla o lado mais animal e instintivo do ser humano. Na primeira camada temos o cérebro mamífero que está relacionado às emoções, e por último está o Neocórtex que é a camada mais externa e genuinamente humana, onde opera o raciocínio (Façamos o homem nossa imagem e semelhança). 

O Cérebro Reptiliano se encarrega das funções mais básicas: Sobrevivência e Reprodução. Possui os padrões de comportamento que caracterizam os Répteis. A sobrevivência se assemelha a um "sistema binário": Fugir ou Lutar. Não aprende com seus erros, não tem capacidade de sentir e nem de pensar:  Sua função é a de ATUAR.

Quando o Cérebro Reptiliano se ativa, tem total prioridade sobre os outros dois cérebros - Emocional e Racional. Se comporta no homem como o legado neurótico de um "super-EU" ancestral que lhe impede de se adaptar e/ou evoluir -  Ele é FRIO e RÍGIDO - Territorial e Agressivo - Hierárquico e Escravizador - Obsessivo e Autoritário - Ritualista e Paranoico.

"O Réptil sempre ganha" - São as palavras de um psicólogo e milionário que oferece seus serviços às mais prestigiosas corporações para conseguir que sua publicidade incida diretamente sobre o cérebro RÉPTIL do "consumidor". 

Todas as reações de agressividade com todas a gama de violência implícita, decorre dele. É por isso que é tão fácil criar uma guerra. Toda vez que a pessoa age sem pensar, na verdade está pensando apenas com o cérebro reptiliano. Vejam a diferença de velocidade na resposta à informação entre a amígdala e o neocortex.

Toda a sociedade está repleta de comportamentos ritualísticos. É essencialmente uma função do Complexo-R. É lógico que esses rituais implicam numa hierarquia. Em todos os setores de atividade existe a hierarquia. Toda cerimônia está baseada nisso. Isso permite a dominação, a manipulação e a exploração. Evidentemente que numa hierarquia a informação é segmentada para que apenas quem esteja no topo tenha toda a informação. Embaixo cada um sabe apenas uma pequena parte (Homem tem dominado homem para o seu próprio prejuízo). 

Definitivamente: O ser humano vive sob a tirania de seus instintos, pois assim o querem essas Elites Governantes (O mundo jaz no maligno).

“Então o demônio o levou para um lugar alto e lhe mostrou, num só momento, todos os reinos do mundo. E lhe disse: Eu lhe darei todo este poder e toda esta glória, pois tudo isto me foi dado e eu posso dar a quem quiser. Tudo isto será seu se você se ajoelhar para me adorar”.

"O demônio age como um bom vendedor. Na alma do homem, ele vai ao mercado com a lista de compras de sua esposa, acompanhado de seus filhos. O vendedor não excita os desejos do homem (neocórtex, semelhança de Deus), pois o homem é varão que controla seus impulsos, mas excita o desejo das crianças (cérebro reptiliano, voz da Serpente), que são inconstantes e comovem o pai, que tem sua razão embaralhada pelo amor que a tudo justifica, e gasta até mesmo o que era para a lista. Depois as mesmas crianças choram, o vendedor ri, o homem se lamenta, a esposa fica triste e furiosa, e falta suprimentos na casa."

Provérbio dos Rochedos - Valhim

quinta-feira, 28 de março de 2013

O DEUS DESCONHECIDO!

Uma história que nos faz lembrar que Deus sempre esteve perto dos homens, em todos os lugares, mesmo quando esses não o conhecem ou não sabem seu nome, e que Jesus é mais que uma "senha" para entrar no Céu, mas é um Caminho.

PS: extraída do site www.caiofabio.com 

Em alguma época, durante o sexto século antes de Cristo, numa reunião do conselho na Colina de Marte, em Atenas...

“Diga-nos, Nícias, que aviso o oráculo de Pítias lhe deu? Por que esta praga caiu sobre nós? E por que os inúmeros sacrifícios realizados de nada adiantaram?”

O impassível Nícias olhou de frente o presidente do conselho e afirmou:

“A sacerdotisa declara que nossa cidade se encontra sob uma terrível maldição. Um certo deus a colocou sobre nós por causa do medonho crime de traição do rei Megacles contra os seguidores de Cylon.”

“É verdade! Lembro-me agora”, disse sombriamente outro membro do conselho. “Megacles obteve a rendição dos seguidores de Cylon com uma promessa de anistia, depois violou prontamente sua própria palavra e os matou! Mas qual é o deus que ainda nos condena por esse crime? Já oferecemos sacrifícios de expiação a todos os deuses!”

“Não é bem assim”, replicou Nícias. “A sacerdotisa afirma que resta ainda um deus a ser apaziguado.”

“Quem poderia ser?” perguntaram os anciãos, olhando incrédulos para Nícias.

“Não posso contar-lhes”, respondeu ele. “O próprio oráculo parece não saber o seu nome. Ela disse apenas que...”

Nícias fez uma pausa, observando as faces ansiosas de seus colegas. Enquanto isso, da cidade enlutada à volta deles, ouvia-se o eco de milhares de cânticos fúnebres.

Nícias continuou: “... precisamos enviar um navio imediatamente a Cnossos, na Ilha de Creta, e trazer de lá para Atenas um homem chamado Epimênides. A sacerdotisa assegurou-me que ele saberá como apaziguar esse deus ofendido, livrando assim a nossa cidade.”

“Não existe alguém suficientemente sábio aqui em Atenas?” esbravejou um ancião indignado. “Temos de apelar para um... um estrangeiro?”

“Se conhece algum grande sábio em Atenas, pode chamá-lo”, disse Nícias. “Caso contrário, cumpramos simplesmente as ordens do oráculo.”

Um vento frio, frio como se tocado pelos dedos gélidos do terror que varria Atenas, fez-se presente na câmara de mármore branco do conselho na Colina de Marte. Aconchegando-se mais em seu manto de magistrado, cada ancião refletiu sobre as palavras de Nícias.

“Vá em nosso nome, meu amigo”, disse o presidente do conselho. “Traga esse Epimênides! Se ele atender ao seu pedido e livrar nossa cidade, nós o recompensaremos.”

Os demais membros do conselho concordaram. O calmo Nícias, de voz suave, levantou-se, inclinando-se diante da assembléia, deixando a câmara. Ao descer a Colina de Marte, ele se encaminhou para o porto de Pireu, que ficava a 13 km de distância, na Baía de Falerom. Um navio achava-se ali ancorado.

Epimênides desceu agilmente para a terra, em Pireu, seguido de Nícias. Os dois homens encaminharam-se de imediato para Atenas, recobrando aos poucos a força das pernas depois da longa viagem por mar, desde Creta. Ao entrarem na já mundialmente famosa “cidade dos filósofos”, os sinais da praga eram vistos por toda a parte. Mas Epimênides observou outra coisa:

 “Nunca vi tantos deuses!” exclamou o cretense para o seu guia, piscando surpreso. 

Falanges ladeavam os dois lados da estrada que saía do Pireu. Outros deuses, centenas deles, adornavam um terreno íngreme e rochoso, chamado acrópole. Tempos depois, nesse mesmo lugar, os atenienses construíram o Partenon.

“Quantos são os deuses de Atenas?” inquiriu Epimênides.

“Várias centenas pelo menos!” replicou Nícias.

“Várias centenas!”, foi a exclamação espantada de Epimênides.

“Aqui é mais fácil encontrar deuses do que homens!”

“Tem razão!”, riu o conselheiro Nícias. “Não sei quantos provérbios já foram feitos sobre ‘Atenas, a cidade saturada de deuses’. Com a mesma facilidade que se tira uma pedra da pedreira, outro deus é trazido para a cidade!”1

Nícias parou repentinamente, refletindo sobre o que acabara de dizer. “Todavia”, começou pensativo, “o oráculo de Pítias declara que os atenienses precisam apaziguar ainda um outro deus. E você, Epimênides, deve promover a intercessão necessária. Ao que parece, apesar do que eu disse, nós, atenienses, ainda precisamos de mais um deus!”

Jogando a cabeça para trás e rindo, Nícias exclamou: “Realmente, Epimênides, não consigo adivinhar quem poderia ser esse outro deus. Os atenienses são os maiores colecionadores de deuses no mundo! Já saqueamos as teologias de muitos povos das vizinhanças, apoderando-nos de toda divindade que possamos transportar para a nossa cidade, por terra ou por mar.”

“Talvez seja esse o seu problema”, disse Epimênides com um ar misterioso.
Nícias piscou os olhos para o amigo, sem compreender, como quem deseja um esclarecimento desse último comentário. Mas alguma coisa na atitude de Epimênides o silenciou. Momentos depois, chegaram a um pórtico com piso de mármore, junto à câmara do conselho na Colina de Marte. Os anciãos de Atenas já haviam sido avisados e o conselho os esperava.
"Epimênides, agradecemos sua ... " começou o presidente da assembléia.

"Sábios anciãos de Atenas, não há necessidade de agradecimentos." Epimênides interrompeu.
"Amanhã, ao nascer do sol, tragam um rebanho de ovelhas, um grupo de pedreiros e uma grande quantidade de pedras e argamassa até a ladeira coberta de relva, ao pé desta rocha sagrada. As ovelhas devem ser todas sadias e de cores diferentes - algumas brancas, outras pretas. Vocês não devem deixá-las comer depois do descanso noturno. É preciso que sejam ovelhas famintas! Vou agora descansar da viagem. Acordem-me ao amanhecer."

Os membros do conselho trocaram olhares curiosos, enquanto Epimênides cruzava o pórtico em direção a um quarto sossegado, enrolando-se em seu manto como num cobertor e sentando-se para meditar.
O presidente voltou-se para um dos membros jovens do conselho'. "Veja que tudo seja feito como ele ordenou", disse ele.

"As ovelhas estão aqui", falou o membro jovem, humildemente.
Epimênides, despenteado e ainda meio dormindo, saiu de seu descanso e seguiu o mensageiro até a ladeira que ficava na base da Colina de Marte. Dois rebanhos - um de ovelhas pretas e brancas e outro de conselheiros, pastores e pedreiros - achavam-se à espera, debaixo do sol que nascia. Centenas de cidadãos, desfigurados por outra noite de vigília cuidando dos doentes atingidos pela praga e chorando pelos mortos, galgaram os pequenos outeiros e ficaram observando ansiosos.

"Sábios anciãos", começou Epimênides, "vocês já se esforçaram muito ofertando sacrifícios aos seus numerosos deuses; entretanto, tudo se mostrou inútil. Vou agora oferecer sacrifícios baseado em três suposições bem diferentes das suas. Minha primeira suposição ...”

Todos os olhos estavam fixos no cretense de elevada estatura; todos os ouvidos atentos para captar suas próximas palavras.

" ... é que existe ainda outro deus interessado na questão desta praga - um deus cujo nome não conhecemos e que não está, portanto, sendo representado por qualquer ídolo em sua cidade. Segundo, vou supor também que este deus é bastante poderoso - e suficientemente bondoso para fazer alguma coisa a respeito da praga, se apenas pedirmos a sua ajuda."

"Invocar um deus cujo nome é desconhecido?" exclamou um dos anciãos. "Isso é possível?"
"A terceira suposição é a minha resposta à sua pergunta", replicou Epimênides. "Essa hipótese é muito simples. Qualquer deus suficientemente grande e bondoso para fazer algo a respeito da praga é também poderoso e misericordioso para nos favorecer em nossa ignorância - se reconhecermos a mesma e o invocarmos!"

Murmúrios de aprovação misturaram-se com o balido das ovelhas famintas. Os anciãos de Atenas jamais tinham ouvido essa linha de raciocínio antes. Mas, por que, perguntavam eles, as ovelhas deviam ser de cores diferentes?

"Agora'" gritou Epimênides, "preparem-se para soltar as ovelhas na ladeira sagrada! Uma vez soltas, deixem que cada animal paste onde quiser, mas façam com que seja seguido por um homem que o observe cuidadosamente." A seguir, levantando os olhos para o céu, Epimênides orou com voz profunda e cheia de confiança: "ó, tu, deus desconhecido! Contempla a praga que aflige esta cidade! E se de fato tens compaixão para perdoar-nos e ajudar-nos, observa este rebanho de ovelhas! Revela tua disposição para responder, eu peço, fazendo com que qualquer ovelha que te agrade deite na relva em vez de pastar. Escolha as brancas se elas te agradarem; as pretas se te causarem prazer. As que escolheres serão sacrificadas a ti - reconhecendo nossa lamentável ignorância do teu nome!"

Epimênides sentou-se na grama, inclinou a cabeça e fez sinal aos pastores que guardavam o rebanho. Estes vagarosamente se afastaram. Com rapidez e voracidade, as ovelhas se espalharam pela colina, começando a pastar. Epimênides ficou ali sentado como uma estátua, com os olhos baixos.

"É inútil", murmurou baixinho um conselheiro. "Mal amanheceu e raras vezes vi um rebanho tão faminto. Nenhum animal vai deitar-se antes de encher o estômago e quem acreditará então que foi um deus que o levou a isso?"

Epimênides deve ter escolhido esta hora do dia deliberadamente!" respondeu Nícias. "Só assim poderemos saber que a ovelha que se deitar o fará em obediência à vontade desse deus desconhecido, e não por sua própria inclinação!"

Mal Nícias terminara de falar quando um pastor gritou: "Olhem!"
Todos os olhos se voltaram para ver um carneiro dobrar os joelhos e deitar-se na relva.
"Eis aqui outro!" bradou um conselheiro surpreso, fora de si por causa do espanto. Em poucos minutos algumas das ovelhas se achavam acomodadas sobre a relva suculenta demais para que qualquer herbívoro faminto pudesse resistir - em circunstâncias normais!

"Se apenas uma deitasse, teríamos dito que estava doente!" exclamou o presidente do conselho. "Mas isto! Isto só pode ser uma resposta'"

Com os olhos cheios de reverência, ele se voltou, dizendo a Epimênides: "O que faremos agora?"
"Separem as ovelhas que estão descansando", replicou o cretense, levantando a cabeça pela primeira vez desde que invocara o deus desconhecido, "e marquem o lugar onde cada uma se acha. Fa¬çam depois com que os pedreiros levantem altares - um altar em cada ponto onde as ovelhas descansaram!"

Pedreiros entusiastas começaram a fazer argamassa e no final da tarde ela já havia endurecido o suficiente. Todos os altares se achavam preparados para uso.

"Qual o nome do deus que gravaremos sobre esses altares?" perguntou um dos conselheiros do grupo mais jovem, excessivamente ansioso. Todos se voltaram para ouvir a resposta do cretense.

"Nome?" repetiu Epimênides, como se refletindo. "A divindade, cuja ajuda buscamos, agradou-se em responder à nossa admissão de ignorância. Se agora pretendermos mostrar conhecimento, gravando um nome quando na verdade não temos a menor idéia a respeito dele, temo que vamos apenas ofendê-la!".
"Não podemos correr esse risco", concordou o presidente do conselho. "Mas com certeza deve haver um meio apropriado de - de dedicar cada altar antes de usá-lo."

"Tem razão, sábio conselheiro", declarou Epimênides com um sorriso raro. "Existe um meio. Inscrevam simplesmente as palavras agnosto theo - a um deus desconhecido - no lado de cada altar. Nada mais é necessário."

Os atenienses gravaram as palavras recomendadas pelo conselheiro cretense. A seguir, sacrificaram cada ovelha "dedicada" sobre o altar marcando o ponto em que a mesma havia deitado. A noite caiu. Na madrugada do dia seguinte os dedos mortais da praga sobre a cidade já se haviam afrouxado. No decorrer de uma semana, os doentes sararam. Atenas encheu-se de louvor ao "Deus desconhecido" de Epimênides e também a este, por ter prestado socorro tão surpreendente de um modo verdadeiramente engenhoso. Cidadãos agradecidos colocaram festões de flores ao redor do grupo despretensioso de altares na encosta da Colina de Marte. Mais tarde, eles esculpiram uma estátua de Epimênides sentado é a colocaram diante de um de seus templos.

Com o correr do tempo, porém, o povo de Atenas começou a esquecer-se da misericórdia que o "deus desconhecido" de Epimênides lhes concedera. Seus altares na colina foram negligenciados e eles voltaram a adorar centenas de deuses que se mostraram incapazes de remover a maldição da cidade. Vândalos demoliram parte dos altares e removeram pedras de outros. O mato e o musgo começaram a crescer sobre as ruínas até que ...

Certo dia, dois anciãos que se lembravam da importância dos altares pararam diante deles a caminho do conselho. Apoiados em seus bordões eles contemplaram pensativos as relíquias ocultas por trepadeiras. Um dos anciãos retirou um pouco do musgo e leu a antiga inscrição encoberta por ele: " 'Agnosto theo'. Demas - você se lembra?"

"Como poderia esquecer?" respondeu Demas. "Eu era o membro jovem do conselho que ficou acordado a noite inteira para certificar-me de que o rebanho, as pedras, a argamassa e os pedreiros estariam prontos ao nascer do sol!"

"E eu", replicou o outro ancião, "era aquele outro membro jovem e ansioso que sugeriu que fosse gravado em cada altar o nome de algum deus! Que tolice".

Ele fez uma pausa, mergulhado em seus pensamentos, acrescentando a seguir: "Demas, você talvez me considere sacrílego, mas não posso deixar de sentir que se o "Deus desconhecido" de Epimênides se revelasse abertamente a nós, logo deixaríamos de lado todos os outros!" O ancião barbudo balançou o bordão com certo desprezo na direção dos ídolos surdos e mudos que, em fileira após fileira, cobriam a crista da acrópole, em número maior do que nunca antes.

"Se Ele jamais vier a revelar-se", disse Demas pensativamente, "como nosso povo saberá que não é um estranho, mas um Deus que já participou dos problemas de nossa cidade?"
"Acho que só existe um meio", replicou o primeiro ancião. "Devemos preservar pelo menos um desses altares como evidência para a posteridade. E a história de Epimênides deve, de alguma forma, ser mantida viva entre as nossas tradições."

"Uma grande idéia a sua!" entusiasmou-se Demas. "Olhe! Este ainda está em boas condições. Vamos empregar pedreiros para pô-lo e amanhã lembraremos todo o conselho dessa antiga vitória sobre a praga. Faremos passar uma moção para incluir a manutenção de pelo menos este altar entre as despesas perpétuas de nossa cidade!"

Os dois anciãos apertaram-se as mãos para fechar o acordo e, de braços dados, seguiram caminho abaixo, batendo alegremente os bordões contra as pedras da Colina de Marte.
Bento Souto

O SÁBIO E SUAS PARÁBOLAS


O BOM SAMARITANO (ESPÍRITA).

O BOM SAMARITANO (ESPÍRITA)

Essa carta foi enviada para o Rev. Caio Fabio, e a peguei de seu site, sem autorização (por que está disponível ao público, e pela dificuldade de falar com ele, visto que deve ser muito ocupado). É uma carta que faz lembrar a história do bom samaritano, e nos lembrar daquela pergunta: quem é o meu próximo?

Precisei de uma cadeira de rodas porque não tinha como locomovê-lo; ele não se levantava mais para nada; onde eu poderia buscar socorro? 


Na Igreja; e para minha surpresa as respostas foram...
Na Igreja que eu congregava:
"Não podemos sacrificar a Igreja, nossos povo já coopera muito pra manter esse lugar de portas abertas..."

Mais ou menos uma semana depois a Igreja foi assaltada e levaram toda aparelhagem de som e instrumentos; ele, o pastor, levantou uma oferta e em 2 dias comprou tudo novamente a vista!

Na Igreja do Pastor Silas Malafaia:
"Não fazemos este tipo de doação."

Na Igreja Batista aqui do Rio próxima à minha casa:
"Não temos nenhuma disponível; e se levantarmos alguma oferta para comprar uma vai demorar muito..."

Na Apascentar de Nova Iguaçu- RJ:
"Só ajudamos os membros de nossa Igreja.."

Fiquei muito desacreditada das Igrejas, e minha mãe também... choramos muito e sem saber o que fazer entregamos a Deus; não tínhamos mais opção; a "Igreja" nos deu as costas!

Não demorou muito e colocaram um papel em nossa caixa de correio com um endereço e telefone de um Centro Espírita; no desespero minha mãe ligou pra lá e qual foi a resposta?

"Não temos no momento, mas passe aqui depois das 17:00 hs e teremos a cadeira disponível."


Eles compraram a cadeira!


Falei com meu Pr. que um centro Espírita havia doado a cadeira e ele me exortou e ainda fez isso de púlpito!


Porque que a Igreja critica mais não faz?


Com este episódio Deus me mostrou que a "Igreja" está mais preocupada com as quatro paredes do que com o próximo!


Hoje Deus nos ajudou, meu pai foi operado, fui efetivada a gerente da loja que trabalho, e meu marido recebeu aumento de salário.